Cantarella rompe tradição e não comparece à missa do aniversário de Fernandópolis
O pai de Cantarella e o vice-prefeito Marcos Mazetti representaram o Executivo na cerimônia em homenagem a Santa Rita de Cássia
5/23/20251 min read
O prefeito João Cantarella (PL) rompeu com uma tradição histórica, seguida por todos os prefeitos anteriores, e não compareceu à missa em homenagem a Santa Rita de Cássia, padroeira de Fernandópolis. Cantarella preferiu abrir o festival de pesca que ocorria na represa.
O Brasil é um Estado laico, o que significa que não há uma religião oficial e que o poder público deve manter neutralidade em relação a todas as crenças. No entanto, a laicidade não deve ser confundida com a ausência total do poder público em eventos religiosos que fazem parte da cultura e da história de uma cidade.
Ainda que o prefeito possua suas convicções pessoais e religiosas, o exercício de seu cargo exige uma postura de isenção e comunhão, principalmente numa data como o aniversário da cidade.
A função do prefeito é representar todos os cidadãos de Fernandópolis. Ao se ausentar de um evento de tamanha relevância para o município – lembrando que o aniversário de Fernandópolis é uma referência à Santa Rita de Cássia -, Cantarella mostra, definitivamente, que governa para uma parcela dos cidadãos.
Enquanto o prefeito não prestigiou a missa, o pastor da comunidade evangélica que Cantarella frequenta utilizou ato cívico para pregar sua palavra. Nada contra, obviamente, mas no caso, o prefeito claramente deu um sinal. Lembrando que diversos membros da tal comunidade estão empregados em cargos de comissão na Prefeitura de Fernandópolis.
Se Cantarella não queria se “sujar” indo à missa, que fizesse um culto ecumênico com todas as religiões representadas. Mas não, não faria. Cantarella, quando o assunto é religião, governa para apenas um determinado grupo.
Há raros momentos que um gestor público pode demonstrar sua grandeza. Cantarella, no aniversário da cidade, foi pequeno.