Caso das canetas de insulina: versões contraditórias do secretário de Saúde são colocadas em xeque

Publicações nas redes sociais mostram que José Martins estava presente em evento que contou com as canetas de insulina supostamente desviadas

4/28/20251 min read

Com uma reportagem recente, o portal regiaonoroeste.com trouxe à tona um possível desvio de insulina da Prefeitura de Fernandópolis para fins particulares.

De acordo com a publicação, o secretário de Saúde do município, José Martins, apresentou versões conflitantes sobre o ocorrido.

Inicialmente, o secretário teria confirmado a retirada de duas canetas de insulina da Farmácia Municipal pelo servidor comissionado André Lozano, alegando que o material seria destinado a um suposto atendimento na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Fernandópolis. A Secretaria de Comunicação da Prefeitura chegou a corroborar essa informação.

Entretanto, dias depois, José Martins apresentou uma narrativa diferente, afirmando que as canetas foram utilizadas em bonecos de simulação humana, cedidos pela Universidade Brasil, para demonstração de procedimentos médicos e hospitalares aos alunos do curso de Medicina.

Segundo essa versão, o treinamento teria sido posteriormente levado à UPA. Contudo, não houve confirmação de qualquer atividade de treinamento sobre o uso de insulina na referida unidade de saúde.

O Noroeste Político buscou esclarecimentos junto à Universidade Brasil, que, em nota, declarou ter recebido um pedido formal do docente André Wilian Lozano para a utilização do Centro de Simulação Avançada em Saúde no dia 29 de março de 2025, com a finalidade de realizar atividades ligadas a um experimento externo de doutorado.

Registros nas redes sociais de André Lozano revelam a presença do próprio secretário de Saúde na atividade realizada em 29 de março, na qual as canetas de insulina supostamente foram utilizadas, conforme evidenciado nas imagens que acompanham a matéria.

Diante da presença de José Martins no evento e das narrativas contraditórias apresentadas pelo próprio secretário, pairam dúvidas acerca da transparência e da justificativa para o uso dos medicamentos da Farmácia Municipal.