Vereador Carlos Cabral critica afastamento de diretores da DE Fernandópolis
Cabral também é diretor aposentado do Estado de SP
5/30/20252 min read


Após o afastamento de três diretores escolares da Diretoria de Ensino de Fernandópolis, o vereador e ex-diretor de escola Carlos Cabral (Republicanos) se pronunciou sobre o tema.
Cabral, embora ciente da legalidade do afastamento, destacou o trabalho e a dedicação das profissionais. “Em relação à cessação da designação das profissionais de direção de escola de suas funções, apesar de sabedor que sou, da legislação vigente, que prevê a possibilidade de isso acontecer, discordo, pois, a longa jornada de trabalho de cada uma em prol da educação paulista, não poderia ter esse desfecho. Falo paulista porque já saíram de Fernandópolis, foram fora e voltaram para nossa diretoria”, disse.
Sobre o critério para o afastamento, baseado no cumprimento de metas estipuladas pela SEDUC-SP, Cabral ressaltou a necessidade de divisão de responsabilidades entre todos os envolvidos no processo educacional. “Cumprir metas não depende de uma única pessoa, e sim de um conjunto de pessoas. Da equipe gestora, dos professores, de alunos e pais de alunos”.
O vereador criticou a punição unilateral, sugerindo a busca por mecanismos alternativos para o alcance das metas. “Pessoas serem sacrificadas por não cumprimento de metas é dualista o caso, acho que os governantes precisam pensar em mecanismos diferenciados para tentar buscar o cumprimento das respectivas metas e não punir unilateralmente. No entanto ressalto que sou conhecedor que existe legislação específica que determinam tal procedimento”, finalizou.
Entenda o caso
A Secretaria Estadual da Educação de São Paulo (Seduc-SP) afastou pelo menos seis diretores efetivos de escolas públicas estaduais devido ao baixo desempenho dos estudantes em avaliações públicas.
Na Diretoria de Ensino de Fernandópolis, três diretores foram afastados. As escolas impactadas pela mudança são a Joaquim Antônio Pereira e Armelindo Ferrari, em Fernandópolis, e Jeronymo Trazzi, em Turmalina.
A avaliação da Seduc-SP considera indicadores como a frequência dos estudantes, a participação em provas bimestrais e o desempenho no Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp) ou no Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB).